terça-feira, 11 de dezembro de 2007

PRIMEIRA CONQUISTA

por André Clemente


O projeto “Coelhinhos surfistas”, realizado na comunidade dos coelhos está dando seus primeiros resultados. Lucas Carvalho foi destaque na Copa brasileira mirim de surf.

Lucas está no projeto há apenas dois meses.

Os trabalhos são desenvolvidos por voluntários estudantes de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco- UFPE e leva cerca de 30 crianças às praias para praticar o esporte considerado de elite. Para participar do grupo, tem que ser da comunidade e estar matriculado em escola regular.

Segundo Thiago Felipe, estudante de Educação Física e idealizador do projeto, é necessário mostrar que o surf é um esporte que pode atingir as classes baixas da sociedade.

“O material não é barato e só de vontade não se coloca esses meninos para fazerem atividades físicas quando não estão na escola, mas é uma realidade que precisa ser considerada e valorizada”.

“Coelhinhos surfistas” conta com ajuda de empresas privadas do Recife e Secretarias de Estado, além de voluntários de igrejas que desenvolvem outros trabalhos do mesmo ramo, como “surfistas de Cristo”, da igreja Anglicana, em Piedade.

Serviço:

As aulas acontecem todos os sábados na praia de Porto de Galinhas e o transporte é cedido pelo governo do estado. A saída é às 5h30min, retornando antes das 15h.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

BRACK DANCE


Por Maria das Graças

A atividade atlética desportiva dos B Boys, dançarinos do Hipp Hopp que é um dos cincos elementos, além dos Grafitistas: MCs; DJs: e, finalmente, o Social, incluindo-os na “Cultura de Resgate”, é o que explicou o vencedor do 4º Campeonato Pernambucano de Brack, Regis 25, juntamente com os outros integrantes do grupo: Nino; Lagartixa; Guabirú; Cerrote; Felipe do Pop e Ricardo Capoeira.


“Os B Boys mantém atividades constantes, no Projeto de Escola Aberta, que existe desde 2005, incluindo o Pop, que é outra categoria do Brack. Este grupo criou, também um campeonato local, que se apresenta no Parque 13 de maio, ao qual eles fabricam seus próprios troféus e fazem todo o trabalho de publicidade, com panfletagem, organização; disciplina e pontualidade, critérios fundamentais, na eficácia de um evento como este e, sobretudo apresentados por jovens estudantes de comunidades carente e oriundos da Rede Pública de Ensino, explicou, B Boys Regis 25.


“A Escola Aberta, tem também como atividade extracurricular, a utilização do espaço das Escolas, nos finais de semana, com esportes regionais, incluindo a Capoeira. Cujo único material cedido pelos governos: municipal e estadual. É o espaço físico”, concluiu professor Regis 25, que atualmente leciona nas Escolas Públicas de Jaboatão dos Guararapes, porque antes ensinava na Comunidade dos Coelhos, através da ONG: “Retome sua Vida”.

FALTA DE INCENTIVO

Por Maria das Graças

Os esportes radicais, mais precisamente a patinação de rua ou de passeio, mais conhecido como Street (rua) e o Skate, são atividades desportivas, quase que ignoradas pelos segmentos governamentais. Quando há algum incentivo, é patrocinado pela iniciativa privada, ou seja, o setor empresarial.

Entrevistei, um jovem estudante de nível médio, 21 anos, Oswaldo José, que patina desde seus nove anos de idade (embora as crianças já iniciem aos 5 anos), e que participou de vários campeonatos Nacionais, excetuando a região Norte, atingindo assim, o 2º lugar em Curitiba.

Quando o indaguei, sobre a importância da patinação, como esporte, na inclusão social, ele, Oswaldo José, respondeu que esta atividade preenche um espaço considerável na vida destes jovens. Lamentou apenas, “o fato de em Recife, só haver pista de patinação, criada há apenas 4 anos, em três localidades: Rua da Aurora; Ginásio de Esportes Geraldão e Porto de Galinhas”.

“Foram construídas vária academias populares, mas nenhuma delas destinadas a patinção e ao Skate. Embora sejam esportes praticados por jovens, tanto da classe média como das comunidades carentes, não há o menor incentivo por parte dos governos: Municipal e Estadual. Um par de patins ou um Skate nacionais, custa em média R$ 300,00 e os importados R$ 800,00. Portanto, fica quase inviável para um jovem de baixa renda, adquirí-los. Entretanto, é fundamental que os políticos escutem as lideranças comunitárias que praticam esportes radicais, para mudar a atual realidade”, finalizou.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

FIM DE SEMANA COM MÚSICA E ESPORTES EM TRÊS BAIRROS DO RECIFE

Por Mellyna Reis


Neste final de semana, a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Recife, através do Geraldão, realiza o Festival da Juventude dos Círculos Populares nos bairros da Macaxeira, Alto José Bonifácio e Vasco da Gama. As atividades começam às 8h em todas as localidades e a participação é aberta à população.

O evento é promovido pelo projeto Círculos Populares de Esporte e Lazer da Prefeitura do Recife, através da Diretoria de Esporte e Juventude e da Diretoria de Lazer e Cidadania do Ginásio Esportivo Geraldo Magalhães, do Grupo Esporte Social do Alto José Bonifácio. O festival trabalha o tema Juventude, Violência e Tempo Livre.

No Alto José Bonifácio, a programação começa nesta sexta-feira (07), até domingo (08), na Praça da Várzea, com torneios esportivos, campeonatos de skate, apresentações de grupos de teatro e dança, oficinas temáticas, rodas de diálogos, exposições de vídeos e shows. As bandas A Tribo e Muzambo, Forró Rabecado, Forró Boneca de Pano, Kaya Mar e Nzambi são atrações do festival. As rodas de diálogos vão trabalhar temas como homossexualidade, juventude, violência e tempo livre, cultura de paz (estatuto de desarmamento) e qualidade de ensino.

No sábado (07), o festival será realizado Vasco da Gama e no domingo (08), na Macaxeira, ambos a partir das 8h, com oficinas de break, grafite, dança popular, capoeira, propaganda visual, torneios esportivos de vôlei e queimado. À tarde, estão programadas apresentações de dança e teatro, rodas de diálogo, feira de artesanato, e shows, a partir das 18h, das bandas Morro Tocando, Sure, Hierophant, Confluência e A. U. R. A. A entrada é gratuita e as atividades vão acontecer próximo à Praça do Terminal do Vasco da Gama, e ao lado do posto policial da Macaxeira.

Neste domingo (08), as atividades acontecem na Praça do Morro da Conceição, a partir das 8h, com torneio de futsal e oficinas de yoga, artesanato, teatro, percussão e skate, apresentações de teatro e dança, feira de artesanato e exposições. Às 18h, inicia-se a programação musical com Gertrudes, Decipher, Tribo Suburbana, Every Day e DONAS.


ELES MERECEM!


Por Mellyna Reis


O direito ao lazer deveria atender a todos, sem discriminação de cor ou classe social. Nem sempre isso acontece. No entanto, uma novidade de extrema importância vai beneficiar surgiu os moradores da Coque, uma das maiores favelas da periferia do Recife. Até o final do mês, será construída na comunidade que fica no Bairro de São José, a maior Academia da Cidade. Esse é o 20º espaço de lazer e esporte construído pelo projeto da administração municipal.

A área onde será construída a academia fica do lado direito da passarela de pedestres, localizada entre os viadutos Paulo Guerra e Joana Bezerra (sentido cidade-subúrbio). Serão, ao todo, dez mil metros quadrados de área disponibilizados para a construção. Foram invetsidos R$ 850 mil para a conclusão do projeto.

No espaço, serão construídas duas quadras - uma delas poliesportiva -, um campo de futebol, dois playgrounds, três áreas para ginástica, exercícios abdominais e aeróbicos, uma pista de cooper com 400 metros, bancos e espaço para jogar dominó, dama e xadrez. Também será construído um quiosque com sala de atendimento, sala de avaliação física e sala para os professores da academia. De acordo com a secretária municipal de Saúde Tereza Campos, o pólo de atividades receberá diariamente cerca de 400 pessoas da comunidade do Coque, assim como de outras localidades vizinhas. “Estamos invadindo a cidade de exercício, de movimento e de promoção da saúde. Nas 17 academias que já estão funcionando mais de 3 mil pessoas são atendidas diariamente”, comentou. O prefeito João Paulo disse que a academia do Coque tem um significado especial. “Primeiramente, vai cuidar da saúde das pessoas, depois será mais um cartão postal da cidade. Aquela região se tornará ainda mais bonita”, disse.

Para o delegado do Orçamento Participativo da comunidade beneficiada, Ronaldo Passos, o espaço é um sonho antigo. “Há cinco anos estávamos esperando por isso. Chegou em um bom momento. A academia em nossa comunidade vai chamar atenção até do povo de fora”, falou, entusiasmado.

ESTRUTURA

O projeto da construção de locais públicos para a prática de exercícios físicos surgiu em 2002. Até hoje foram construídos 17 pólos em áreas públicas espalhadas no município. Cerca de 160 profissionais e estagiários de Educação Física e Nutrição formam a equipe. A rede municipal de saúde apoia nos momentos em que os usuários necessitarem de avaliação médica. Para o Programa Academia da Cidade, a prefeitura já investiu, ao todo, R$ 9,7 milhões.

Apesar dos moradores da comunidade terem escolhido democraticamente pelo Orçamento Participativo a implatnação do projeto, finalmente algum "ser iluminado" decidiu viabilizar o sonho de quase 13 mil pessoas...

e eles vão ter o que merecem!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

EXEMPLO DE COMPROMISSO

Por Germana Pimentel

O Instituto Nossa Senhora de Fátima, no bairro da Boa Vista, centro do Recife, vem se destacando pelo seu trabalho social. Pelo slogan, já dá para se ter uma idéia: “A serviço da criança e do adolescente”. Instituto fundado em 1922 e inspirado numa motivação cristã é uma obra social sem fins lucrativos.

O lugar atende aproximadamente 120 crianças e adolescentes carentes, sendo a maioria moradora das comunidades do Coque, Joana Bezerra e Coelhos. Durante a semana, professores voluntários e contratados desenvolvem diversas atividades educativas na Instituição. O esporte, claro, possui importante participação nesse projeto. E um dos que mais tem chamado atenção é o judô.

Além do judô, a Instituição Nossa Senhora de Fátima ainda oferece às crianças e adolescentes muitas outras atividades culturais e esportivas, como dança, teatro, balé, catequese, informática, atendimento psicológico, futebol, aikidô, capoeira, entre tantos outros.

As crianças e adolescentes interessados em participar das atividades precisam se inscrever no local, juntamente com os pais.




INFORMAÇÕES:

Instituto Nossa Senhora de Fátima
Rua Paissandu, 112 - Boa Vista, Recife/PE
Fone: 3222-2983

www.institutonsfatima.com.br

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

UMA VIRADA RADICAL

Por Lucas Fitipaldi

Joelheira, cotoveleira e capacete. Um shape, quatro rodinhas e coragem. É o bastante para participar das escolinhas de skate promovidas pelo projeto “Círculos Populares”, da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR). Há cerca de dois anos, a PCR abraçou a causa dos skatistas locais e deu início a um projeto inovador na cidade: trazer crianças e jovens para perto do esporte através da modalidade. Atualmente, quatro núcleos estão espalhados pelas comunidades da Macaxeira, Guabiraba, Alto Santa Terezinha e Imbiribeira, onde mais de 100 alunos são beneficiados. Além de aulas gratuitas, três vezes por semana, o projeto disponibiliza os skates, acessórios de segurança, pistas e os instrutores. Em paralelo, corre durante o ano o Circuito Popular de Skate, promovendo disputas entre os alunos do projeto.

O gerente de atividades sistemáticas do “Círculos Populares” - que ainda possui núcleos de bicicross, grafitagem e hip-hop -, Josuel Salvador, conta como surgiu a idéia. “Nossa intenção era fazer algo atraente para a juventude. E como já existia muita coisa relacionada a futebol e outros esportes, resolvemos investir nessas modalidades alternativas, como o skate, por exemplo”, explica. Cada turma conta com cerca de 15 a 20 alunos e, apesar de não ser o objetivo principal do projeto, alguns já começam a se destacar nas competições estaduais. É o caso de Glauciene Peixoto, de 14 anos, campeã da primeira etapa do Campeonato Pernambucano deste ano.

Para Josuel, os benefícios à saúde e, principalmente, o ciclo de amizades criado através do esporte é o mais importante. Um exemplo são os amigos Jonas Barros, Ricardo Joaquim e André Luís, todos na faixa entre 17 e 18 anos. Antes fãs do futebol, há três meses, os três vizinhos descobriram a nova paixão. “É muito bom. Eu já gostava antigamente, mas o problema é que não tinha onde andar. Agora estamos viciados nisso”, revela Joaquim.